OS 14 ANOS DA BAUHAUS (1919-1933) EM MENOS DE 14 MINUTOS


Hoje é dia de falar um pouco, de forma rápida e prática sobre a história da Bauhaus para que possamos entender melhor, posteriormente, os personagens dessa escola e onde se encaixam na “vida” da mesma.

Em 1919 deu-se a fundação da escola em Weimar, na Alemanha sob o comando de Walter Gropius.

Este período foi marcado pelo ensino que se dava nos edifícios criados pelo pintor belga Henry Van del Velde, pelo retorno aos conceitos da idade média (trabalhos fortemente artesanais e oficinas comandadas por um mestre da forma - artista - e um mestre do ofício - artesão -.) e pela produção predominantemente “Individualista- Artística” comandada pelo professor Johannes Itten.


Walter Gropius

            Em 1923, o já citado professor Johannes Itten se desliga da Bauhaus em função de divergências com Walter Gropius, em parte pelo seu misticismo, mas também por não concordar com com a produção coletiva imposta por Gropius que instituiu o novo lema da escola: ARTE E TÉCNICA EM UMA NOVA UNIDADE. 
           Nesse mesmo ano László Moholy-Nagy assume a direção do curso preliminar e uma forte característica deste período é a linguagem formal, elementar e funcional, onde os objetos são reduzidos a elementos geográficos.
Mechanische Ballet de Kurt Schmidt

Em 1925 a Bauhaus muda sua sede para Dessau, no prédio criado por Walter Gropius que incluía dormitório para os melhores alunos. Neste período acontece uma forte aproximação entre design e processo industrial e surgem os primeiros projetos passíveis de industrialização.


          Sede em Dessau

Em 1928, Walter Gropius deixa e Bauhaus e é substituído por Hannes Meyer, que iniciou como aluno de Johannes Itten. Sob nova direção a escola aumenta a ênfase na TECNIFICAÇÃO E NO FUNCIONALISMO SOCIAL afastando-se da “orientação artística elitista” → os produtos são padronizados pois deveriam satisfazer as necessidades básicas dos trabalhadores e o caráter científico ganha acentuação ao incluírem disciplinas como psicologia, sociologia e economia.
Luminária de mesa Kandem de Marianne Brandt

Em 1930 Hannes Meyer é demitido por sua orientação política e por “politizar” a Bauhaus, Mies Van der Rohe, que possui uma boa relação com o governo alemão, assume a direção na busca de uma escola politicamente neutra. Nesse novo comando é realçado a importância do ensino de arquitetura e o currículo geral perde força com diminuição do papel das oficinas e extinção do curso preliminar.
House Esters em Krefeld, criada por Mies van der Rohe
Em 1932, recém eleita com a maioria Nacional-Socialistas, a Camara Municipal de Dessau decidi FECHAR A BAUHAUS. Então, Mies Van der Rohe TRANSFERE A ESCOLA PARA BERLIM como um instituto independente de ensino e pesquisa.
        Em 11 de abril de 1933 a Gestapo fecha a Bauhaus em Berlim e em 19 de julho do mesmo ano o conselho de professores decide não reabrir a escola sob as condições impostas pelos Nacional-Socialistas.




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