WASSILY KANDINSKY (1866-1944) - NA BAUHAUS: 1922-1933

         Quando Kandinsky juntou-se ao corpo docente da Bauhaus, já era um dos mais celebrados pintores abstratos vivos. O russo havia estudado arte em Munique na virada do século e, em 1904, suas obras foram exibidas pela primeira vez no Salão de Outono, em Paris. Ele criou sua primeira composição abstrata em 1910 e, um ano depois, publicou o inovador livro Do espiritual na arte. Em 1911, produziu o almanaque Der Blaue Reiter com Franz Marc, Paul Klee, entre outros – o grupo opunha-se ao cubismo, que vigorava na época, por seu fundamento racionalista e tinha interesse pelo misticismo.
          Eles acreditavam na eficácia psicológica e simbólica da arte abstrata, em que a natureza e o homem eram representados a partir de experiências, sensações e sentimentos individuais. Com a eclosão da Guerra em 1914, foi obrigado a deixar a Alemanha, retornando ao seu país de origem. Após a Revolução Russa, Kandinsky engajou-se na política cultural da jovem União Soviética, reformando escolas de arte existentes e fundando novas – destaque para sua atuação como professor na Vkhutemas, a pioneira Escola Superior de Arte e Técnica, em Moscou, com conceitos que dialogavam com a Bauhaus. Na escola alemã, dirigiu a oficina de pintura mural, criou um curso básico de design e comandou, ao lado de Klee, a oficina e as aulas de pintura livre. Kandinsky lecionou na Bauhaus até seu fechamento. Em 1933, emigrou para Paris e viveu no subúrbio de Neuilly-sur-Seine até seus últimos dias.

Amarelo-Vermelho-Azul

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